26 de dez. de 2008

2007 - O ano - segunda parte

     Obviamente eu adicionei a Camila, dizendo que já tinha visto ela no cursinho. E começamos a nos cumprimentar. Tímidos "oi's" e nada mais que isso. Em maio, mês do meu aniversário, a turma do curso resolveu fazer uma festa na casa de um dos alunos. E a festa seria bem no dia do meu aniversário. Que presente! Passaria a noite com meus amigos e teria a oportunidade de falar com a Camila. E seria um fim de semana cheio aquele. Eu havia alugado uma cancha de futebol e após o quebra-canelas comeríamos churrasco, para comemorar o meu aniversário. De noite seria a festa. E no outro dia a final do Campeonato Gaúcho de futebol, Grêmio x Juventude. Eu estaria no Monumental, claro. Cheguei do meu aniversário umas cinco da tarde, podre de cansado. Dormi, e após acordar tomei banho e fui para a casa do Bernardo. De lá iríamos pra festa.     Chegando lá, ficamos conversando um bom tempo. Os meus amigos bebendo um pouco, pra alegrar a vida. Como não bebo, fiquei só ouvindo as palhaçadas que eles falavam, enquanto estavam semi-bêbados, exceto o Lima que bebia um monte e nunca ficava bêbado. O Bernardo saiu perguntando pra todo mundo da festa se eles iam ver os cometas que passariam pela órbita terrestre aquela noite. E que festa bem estranha. A casa era toda vazia, pois estava pra alugar, e tinha uma outra casa muito velha ao lado, que segundo o meu colega dono da casa: "O cara que mora aí do lado é assaltante. NÃO MIJA AÍ NA FRENTE DA CASA DO CARA, MEU...". Troquei poucas palavras com a Camila naquela noite, e conheci um cara que era (e hoja em dia ainda é) muito amigo dela. Achei que seria um elo de aproximação (não foi). No outro dia Grêmio 4 x 1 Juventude. Show do Tcheco. Grêmio Campeão. No final de Maio eu arrumei um estágio no Tribunal de Justiça. Gostava de lá, o pessoal que trabalhava comigo era bem legal. O meu trabalho não exigia muito de mim, e eu gostava do meu salário. 
     Cara, como eu gostava de ir pra aquelas aulas do cursinho. Eu gostava das aulas dos  professores, eu e meus amigos ficávamos fazendo piadas durante a aula e é claro, eu ficava quase que as aulas inteiras olhando pra Camila. E assim foram-se dias, eu tentando uma aproximação maior com ela e o Grêmio avançando na Libertadores. Eramos quase um só, eu e o Grêmio, com objetivos diferentes, mas similares (conquistar algo). Tenho que dizer que essa comparação ficou péssima, mas era o que eu pensava na época. Comecei a falar um pouco mais com a Camila, mas ainda não era o bastante. Confirmei o que eu já desconfiava, a Camila não era apenas um rostinho bonito. Era uma guria com conteúdo, simpática, tinha quase o mesmo gosto musical que eu e, acima de tudo, inteligente, inteligente pra caramba. Lembro de ter ido ver a semi-final da Libertadores contra o Santos na casa do Marcelo, com o Bernardo. O Grêmio foi pra final, e nós fomos pra sacada curtir a festa. Foi ótimo ouvir aquele buzinaço aqui em Porto Alegre. ANOITECEU EM PORTO ALEGRE. No dia do segundo jogo da final contra o Boca, eu estava uma pilha de nervos. Mesmo o Grêmio já tendo tomado 3x0, eu acreditava que desse pra virar. Falei com a Camila, e ela iria no jogo comigo, com o Bernardo e com o Marcelo. Não preciso nem dizer que eu fiquei mais nervoso ainda. Saí do estágio no TJ, e via todo aquel mar azul. Não conseguia esquecer que a Camila estaria lá comigo naquela noite. E que poderia ser uma noite especial.


To be continued. [2]

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